10 de fev. de 2010

PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES III: OS ASTECAS

Quando Cristóvão Colombo chegou à América, ela não era despovoada: existiam aqui muitos povos desconhecidos, alguns muito evoluídos e que construíam grandes cidades. Embora Cristóvão Colombo não tenha entrado em contato com eles, são chamados povos pré-colombianos (todos os povos que viviam na América antes da descoberta de Colombo). Um desse povos, encontrados pelos espanhóis no Vale do México, perto do lago Texcoco, foram os astecas.Descobriu-se depois que são originários do norte, e invadiram uma cidade já existente no local, teotihuacán, dominaram seus construtores e se tornaram os donos do lago. Eram guerreiros sanguinários, e seus rituais religiosos incluíam vítimas humanas.Construíram, numa ilha do lago Texcoco, uma cidade que ficou sendo a capital asteca: Tenochtitlán. Tinha grandes templos, pirâmides cheias de escadas, ruas pavimentadas e grandes arcos de pedra. Para as plantações de mandioca, cacau, algodão, fumo e outras, usavam um sistema de irrigação bastante adiantado, com aquedutos e canais por onde transitavam barcos. Como todos os outros povos pré-colombianos, os astecas não conheciam a roda.Tinham uma escrita bastante complicada, um calendário baseado no ano solar de 365 dias, e conhecimentos de astronomia que assombraram os cientistas modernos.O povo era organizado em classes sociais, com nobres, soldados, comerciantes e trabalhadores, e praticavam o comércio com outros povos. Havia escolas militares, religiosas e profissionais para as diversas classes sociais.Fernão Cortez dominou os astecas em 1519, fazendo-se passar pelo deus branco que era esperado pelo povo. Os últimos reis astecas foram: Itzcoatl e Montesuma. A capital asteca foi destruída, e em seu lugar surgiu a cidade do México, onde se vêem ainda sinais da grande civilização que a precedeu.

HISTÓRIA

Até o século XIII, na porção noroeste do México, observamos a presença de uma pequena tribo seminômade na região Aztlan. Por razões históricas não muito bem esclarecidas, essa população decidiu se deslocar para a direção sul, até alcançar o território do lago Texcoco, no vale do México. Após derrotar algumas populações que dominavam a região, este povo foi responsável pela criação da civilização asteca.Ao longo de dois séculos de dominação, os astecas formaram um imponente império contendo mais de quinhentas cidades e abrigando mais de quinze milhões de habitantes. Nesse processo de deslocamento, também é importante falar sobre o estabelecimento da agricultura como atividade econômica fundamental. Graças à agricultura, os astecas tornaram-se uma numerosa civilização.Primeiramente, as técnicas de plantio rudimentares se aliavam a uma latente indisponibilidade de terras propícias ao plantio. Contudo, esse obstáculo foi superado através da dominação do sistema de chinampas. Na chinampa, temos uma esteira posta sobre a superfície das regiões alagadiças. Na parte superior dessas esteiras, a fértil lama do fundo desses terrenos alagados era aproveitada para a plantação.A dieta dos astecas era basicamente dominada pelo consumo de pratos feitos a partir do milho. Além disso, consumiam um líquido extraído do cacau, conhecido como xocoalt, uma espécie de ancestral do popular chocolate. Tabaco, algodão, abóbora, feijão, tomate e pimenta também integravam a rica mesa dos astecas. Curiosamente, o consumo de algumas carnes era reservado a membros das classes privilegiadas.Portadores de uma forte cultura voltada ao conflito, os astecas tinham sua sociedade controlada por uma elite militar. O rei era o líder maior de todos os exércitos e exercia as principais funções políticas ao lado de outro líder destinado a criação de leis, a distribuição dos alimentos e a execução de obras públicas. Logo após essa elite política, tínhamos os militares e sacerdotes limitados à elite da sociedade asteca.Logo em seguida, tínhamos a presença de comerciantes e artesãos que definiam a classe intermediária. O comércio tinha grande importância na civilização asteca, a troca comercial geralmente envolvia gêneros agrícolas, artesanato, tecidos, papel, borracha, metais e peles. Em algumas situações, os comerciantes atuavam como espiões e, por isso, recebiam a isenção de impostos.Os camponeses ocupavam a mais baixa posição da hierarquia social asteca. Também devemos assinalar a existência de uma pequena população de escravos, obtidos por meio dos conflitos militares. A única via de ascensão acontecia por meio de algum ato de bravura executado em guerra. O soldado era prestigiado com a doação de terras, joias e roupas.A cultura e o saber dos astecas tiveram expressão nos mais diversificados campos. Assim como os maias, estabeleceram a criação de um calendário que organizava a contagem do tempo e também cunharam um sistema de escrita. Em suma, a escrita deste povo era dotada de um sistema pictórico que combinava o uso de objetos e figuras e outro hieroglífico, sistematizado por símbolos e sons.A medicina asteca não reconhecia limites e distinções para com as práticas religiosas. Curandeiros e sacerdotes integravam uma rica cultura religiosa cercada por vários dos deuses formadores de uma complexa mitologia fornecedora de sentido a vários eventos e dados da cultura asteca. Em algumas festividades, o sacrifício e o derramamento de sangue humano integravam os rituais astecas. (Texto por Rainer Sousa, História do Mundo)

O SEGREDO DOS ASTECAS

Os astecas fascinam a arqueologia e despertam suposições em torno do seu desaparecimento. Comunidade marcada pelo trabalho e pelas crenças religiosas, os astecas habitavam a região de Aztlán, a noroeste do México. Sucessores diretos da linhagem dos toltecas, os astecas inicialmente formavam uma pequena tribo de caçadores e coletores que, em 1325, se deslocou em direção à zona central mexicana e desenvolveu uma agricultura moderna e de subsistência. Entre as invenções dos astecas, constam a irrigação da terra e a construção dos “jardins flutuantes” – cultivo de vegetais em terrenos retirados do fundo dos lagos. A construção das chinampas (nome dado a esses jardins) era feita nos lugares mais rasos dos lagos. Os astecas demarcavam o local das futuras chinampas com estacas e juncos, enchiam-nos com lodo extraído do fundo do lago e misturavam com um tipo de vegetação aquática que flutuava no lago. Esta vegetação formava uma massa espessa sobre a qual se podia caminhar. Estas tecnologias foram essenciais para a fundação e sobrevivência de Tenochtitlán.Tenochtitlán, capital do império asteca, era bela e bem maior que qualquer cidade da Europa na época. Esta metrópole teve seu apogeu de 400-700 d.C. Com suas enormes pirâmides do Sol e da Lua (63 e 43m de altura, respectivamente), sua Avenida dos Mortos (1.700m de comprimento, seus templos de deuses agrários e da Serpente Plumada, suas máscaras de pedra dura, sua magnífica cerâmica, ela parece ter sido uma metrópole teocrática e pacífica, cuja influência se irradiou até a Guatemala.Sua aristocracia sacerdotal era sem dúvida originária da zona dos Olmecas e de El Tajín, enquanto a população camponesa devia ser composta por indígenas Otomis e outras tribos rústicas. A religião compreendia o culto do deus da água e da chuva (Tlaloc), da serpente plumada (Quetzalcoatl) símbolo da fecundidade agrária e da deusa da água (Chalchiuhtlicue). Acreditavam na vida após a morte, em um paraíso onde os bem-aventurados cantariam sua felicidade resguadardos por Tlaloc.

GOVERNO ASTECA

O sistema governamental dos Astecas era monárquico, onde o Conselho do Imperador, era quem elegia seu sucessor, escolhido entre os membros da linhagem governante, e chamada Casa Real.
O coração político e espiritual dos Astecas, era a cidade de Tenochtítlan na ilha de Tlatelolco (Lugar do Cacto Espinhoso), capital do Império Asteca.
Era o Conselho do Imperador, que elegia o sucessor do Imperador, que era escolhido entre os membros de linhagem governante, a chamada Casa Real.
O poder do Imperador era hereditário, e considerado de origem divina e ele governava auxiliado pelo “Grande Conselho”, as suas principais obrigações eram proteger o Povo e homenagear os Deuses.
Os Astecas tinham pouca liberdade de ação e pouca voz no governo devido a forma de governo ser a Autocracia.

CRENÇA E DESTINAÇÃO

Os astecas acreditavam que o guardião dos dias ou sacerdotes do calendário pudesse ver o destino das pessoas. Dessa forma, logo após o nascimento de uma criança, esta era levada pelos seus pais para que o guardião dos dias fizesse uma leitura sobre seu destino.Em respeito à leitura, toda decisão importante a ser tomada em relação à vida do bebê era seguida com a orientação do guardião e esta orientação vale pela vida toda. Seguindo esse roteiro, quando uma pessoa ia decidir sobre viajem, cortejo, escolha de um cônjuge, ela consultava primeiro a leitura do seu destino para que não fizesse algo que não constava na leitura do seu destino.Os guardiões dos dias tinham a missão de esclarecer a sociedade sobre os símbolos e a entender o labirinto de influências ligadas dia após dia.

Fonte: História do Mundo

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