11 de jan. de 2010

Primeiras Civilizações I: Os Maias


Bom pessoal, colocarei três postagens contando sobre as três civilizações mais importantes e as primeiras da América. E vocês devem pensar: “Eu estou aqui para ver sobre Supernatural e não história”… Mas aí que você se engana, o nosso mundo atual é baseado nessas civilizações, em suas crenças e mitos. Em todo caso, tem tudo haver com o mundo Sobrenatural.

Bom Começarei com os Maias, que das três grandes civilizações pré-colombianas (antes de Colombo), são os mais misteriosos e provavelmente os mais antigos. A cultura maia estava em declínio quando os europeus chegaram às Américas, devido à causas ainda não totalmente certas, talvez devido a sucessivas guerras ou à agricultura baseada em queimadas que teriam empobrecido o solo e estagnado a economia.
Desenvolveram o melhor calendário dentre os povos antigos. Na verdade tratam-se de vários calendários conjugados que registravam os fatos de maior vulto de sua história. Gravados no interior de seus templos-pirâmides, cada acontecimento digno de nota recebia uma estrela comemorativa. A pirâmide retratada acima, é um gigantesco calendário, com uma escadaria de 91 degraus de cada lado, somavam-se 364, mais o patamar superior, 365, os dias do ano solar, isso impressionou muito os europeus, pois mesmo sem o conhecimento do telescópio tinham grande conhecimento dos astros.
Se no Egito antigo suas pirâmides eram destinadas a servir de túmulo de um soberano, entre os maias eram destinadas a servirem de observatórios astronômicos, apenas os sacerdotes, depois de um ritual de purificação podiam subir nesses templos-observatórios. Contudo, em 1952 Ruz Lhuillier descobriu na “Pirâmide das Inscrições”, uma escada em forma de caracol no piso que estava completamente obstruída por terra e pedras, depois de três anos de escavações para desobstruir o caminho, chegou a uma câmara mortuária com um sarcófago coletivo com seis corpos com detalhes de rituais bastante semelhantes aos do Egito, o que leva arqueólogos a aventarem a hipótese de algum aventureiro egípcio que teria chegado e ganhado o respeito dos nativos do local.
Os historiadores dividem frequentemente a história maia em dois períodos :Antigo Império: abrange de 500a.C. até 600 d.C.Novo Império: abrange de 600d.C. até a invasão espanhola.
Rainer Sousa (História do Mundo): “Assim como os olmecas, a civilização maia instiga uma série de questões não respondidas aos diversos paleontólogos, historiadores e antropólogos que investigam este povo pré-colombiano. Os indícios da origem da civilização maia repousam nos sítios arqueológicos da península do Iucatã, que datam entre 700 e 500 a.C. Contudo, novas pesquisas admitem uma organização mais remota, estabelecida em 1500 a.C..
Ao contrário de outras grandes civilizações, os maias não se organizaram politicamente através de uma estrutura de poder político centralizado. Em um vasto território que ia da Guatemala até a porção sul do México, observamos a presença de vários centros urbanos independentes. Entre as principais cidades integradas a esse sistema podemos destacar Piedras Negras, Palenque, Tikal, Yaxchilán, Copán, Uxmal e Labná.
O esplendor da sociedade maia é fundamentalmente explicado pelo controle e as disciplinas empregadas no desenvolvimento da agricultura. Entre os vários alimentos que integravam a dieta alimentar dos maias, podemos destacar o milho, produto de grande consumo, o cacau, o algodão e o agave. Para ampliar a vida útil de seus terrenos, os maias costumavam organizar um sistema de rotação de culturas.
O processo de organização da sociedade era bastante rígido e se orientava pela presença de três classes sociais. No topo da hierarquia encontramos os governantes, os funcionários de alto escalão e os comerciantes. Logo em seguida, temos funcionários públicos e os trabalhadores especializados. Na base da pirâmide ficavam os camponeses e trabalhadores braçais.
Os maias tiveram uma ampla gama de conhecimentos desenvolvidos no interior de sua cultura. De acordo com algumas pesquisas, eles utilizavam um sistema de contagem numérico baseado em unidades vigesimais e, assim como os olmecas, utilizavam do número “zero” na execução de operações matemáticas. Além disso, criaram um calendário bastante próximo ao sistema anual empregado pelos calendários modernos.
Um dos grandes desafios para os pesquisadores da civilização maia gira em torno da decifração do seu complexo sistema de escrita. Um dos maiores empecilhos está relacionado ao fato de que os signos empregados podem representar sons, ideias ou as duas coisas ao mesmo tempo. Além disso, indícios atestam que eles utilizavam diferentes formas de escrita para um único conceito.
A arquitetura desse povo esteve sempre muito ligada à reafirmação de seus ideais religiosos. Várias colunas, arcos e templos eram erguidos em homenagem ao grande panteão de divindades celebrado pela cultura maia. A face politeísta das crenças maias ainda era pautada pela crença na vida após a morte e na realização de sacrifícios humanos regularmente executados.
Por volta do século XIII, a sociedade maia entrou em colapso. Ainda hoje, não existe uma explicação que consiga responder a essa última questão envolvendo a trajetória dos maias. Recentemente, um grupo de pesquisadores norte-americanos passou a trabalhar com a hipótese de que a crise desta civilização esteja relacionada à ocorrência de uma violenta seca que teria se estendido por mais de dois séculos.”


UMA CIVILIZAÇÃO CHEIA DE MISTÉRIOS

Crânio de Cristal: Pouco depois de ser descoberto em 1927 em Lubaantun, Honduras Britânicas, tornou-se conhecido como o Crânio do Destino, e sucessivos relatos relacionaram-no com varias mortes inexplicáveis. Para os observadores científicos, o mistério essencial do crânio e de caráter logístico: como apareceu ele no templo maia de 1000 anos de idade onde foi encontrado? Esculpida numa peça única de raro cristal de quartzo, a cabeça (que apresenta 13 cm de altura e um peso superior a 5 kg) parece uma realização impossível para os Maias desaparecidos. Prismas ocultos na base e lentes polidas à mão inseridas nos olhos combinam-se para produzir uma luminescência ofuscante.
No entanto, os investigadores não descobriram quaisquer provas de que o crânio tivesse sido executado com utensílios modernos. De fato, a estrutura cristalina do crânio não foi respeitada quanto a criação do mesmo, o que elimina a hipótese de intervenção de qualquer lapidário moderno. Será o crânio uma fraude ou uma prova de que a tecnologia maia estava consideravelmente mais avançada do que geralmente se supõe? Como muitas anomalias, o crânio suscita mais perguntas do que respostas.


MAPA DO IMPÉRIO MAIA

A civilização maia estendeu-se por toda a península mexicana de Iucatã e zonas do que hoje é a Guatemala, Honduras, El Salvador e Belize. Em todas estas regiões descobriram-se ruínas de cidades maias, que são uma mostra da habilidade e capacidade artística de seus arquitetos. A civilização maia desapareceu no ano de 900 d.C. por causas ainda desconhecidas.

QUAL O IDIOMA QUE ELES FALAVAM?

São inúmeros os dialetos falados na área correspondente ao Yucatàn, Guatemala, El Salvador e Belize. De qualquer forma, os lingüistas dividem-nos em dois grandes ramos: o huasteca e o maia. Este segundo ramo se subdividiu em outras línguas (como o Chol, Chintal, Mopan, etc.).
A língua maia, falada no Yucatãn, sofreu inúmeras transformações com as invasões toltecas e também devido às influência da língua Náuatle falada pelos astecas.
Em seus monumentos deixaram uma série de inscrições que até hoje não foram decifradas. Infelizmente muitos documentos maias foram destruídos chegando até nós apenas três livros. São eles o Códice de Dresde, o Códice de Madri e o Códice de Paris.
Os livros maias eram confeccionados em uma única folha que era dobrada como uma sanfona. O papel era feito com uma fibra vegetal coberta por uma fina camada de cal. O conteúdo desses livros são de natureza calendárica e ritual, servindo para adivinhações.
Um dos cronista que viveu na época da conquista, o Bispo Diego de Landa, refere-se aos livros que os maias utilizavam permitindo-lhes saber o que havia sucedido há muitos anos. Portanto, a escrita representava um elemento importante na preservação de suas tradições culturais. Mas, infelizmente grande parte deles foram destruídos como se pode constatar na afirmação do próprio bispo: “…Encontramos um grande número de livros escritos nesses caracteres, e como nada tivesse a não ser flagrantes superstições e mentiras do demônio, nós os queimamos a todos”.
Os maias desenvolveram uma escrita hieroglífica que, ao contrário dos hieróglifos egípcios eram esculpidos e não pintados, aliás os maias eram os melhores escultores do Novo-Mundo.
Infelizmente pouco material sobreviveu à invasão branca que destruía tudo em nome da fé católica “contra as heresias pagãs”. Os melhores vestígios dessa escrita são os livros de Chilan Balam (a pedra de roseta das Américas), escritos em língua maia, mas com caracteres latinos que ajudou muito na tradução de parte dos hieróglifos.

CALENDÁRIO MAIA

Graças à exatidão do calendário, o mais perfeito entre os povos mesoamericanos, os maias eram capazes de organizar suas atividades cotidianas e registrar simultaneamente a passagem do tempo, historiando os acontecimentos políticos e religiosos que consideravam cruciais.
Entre os maias, um dia qualquer pertence a uma quantidade maior de ciclos do que no calendário ocidental. O ano astronômico de 365 dias, denominado Haab, era acrescentado ao ano sagrado de 260 dias chamado Tzolkin. Este último regia a vida da “gente inferior”, as cerimônias religiosas e a organização das tarefas agrícolas.
O ano Haab, e o ano Tzolkin formavam ciclos, ao estilo de nossas décadas ou séculos, mas contados de vinte em vinte, ou integrados por cinqüenta e dois anos.
Eles estabeleceram um “dia zero”, que segundo os cientistas corresponde a 12 de agosto de 3113 a.C. Não se sabe o que aconteceu, mas provavelmente esta se trata de uma data mítica.
A partir deste dia os ciclos se repetiam. Entretanto, a repetição dominava a linearidade. Podiam acontecer coisas diferentes nas datas anteriores de cada período de vinte ou cinqüenta e dois anos, mas cada seqüência era exatamente igual à outra, passada ou futura.
Assim diz o Livro de Chilam Balam: “Treze vezes vinte anos, e depois sempre voltará a começar”. A repetição cria problemas para traduzir as datas maias ao nosso calendário, já que fica muito difícil identificar fatos parecidos de seqüências diferentes. A invasão tolteca do século X se confunde nas crônicas maias com a invasão espanhola que ocorreu 500 anos depois.
Por isso, os livros sagrados dos maias eram simultaneamente textos de história e de predição do futuro. Na perspectiva maia, passado, presente e futuro estão em uma mesma dimensão.
Por outro lado, os historiadores contemporâneos recorrem às profecias maias para conhecer episódios do passado desta sociedade, com a profecia se expressando como uma forma de memória.

Fonte: Site História do Mundo e Discovery Channel

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