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Na literatura atual, ele é conhecido por ser um caçador de monstros, bem, mas voltando no tempo, Abraham Van Helsing é um personagem do romance “Drácula” de Bram Stoker. Natural de Amsterdã, Países Baixos, o célebre professor de antropologia e filosofia também era uma especialista em doenças obscuras, além de ser um cientista ortodoxo, que com isso consegue usar símbolos religiosos para derrotar seus inimigos. Dentre os vários artefatos de seu largo arsenal, algumas preferências: estacas, água benta, alho e uma adaga muito afiada e abençoada, capaz de decapitar um vampiro.No romance, a caçada de Van Helsing começa em Londres e termina na própria Transilvânia, onde o professor consegue destruir Drácula depois de uma aventura comovente. Nos filmes, atores consagrados deram vida ao personangem, como Peter Cushing, Laurence Olivier, Anthony Hopkins e até Hugh Jackman.
-O MITO SOBRE VAN HELSING-
Van Helsing é um especialista em vampiros. No livro de Stoker, é ele quem se encarrega de ordenar o grupo responsável por caçar a criatura. Conhece os pontos fracos e fortes de seu oponente. Isso porque descende de uma família de caçadores. Os antepassados de Helsing já enfrentavam seres cosiderados demoníacos. A tradição continuou com ele.
Na adaptação de Drácula para o cinema, feita por Francis Ford Coppola em 1992, Van Helsing é um um homem que já passou dos cinquenta anos. Interpretado pelo veterano Anthony Hopkins, apesar de ágil para lutar contra o vampiro, ele necessita da ajuda de outros cavalheiros quando tem que matar Drácula. Um deles, no filme de Copolla, é Keanu Reeves. Como Drácula de Bram Stoker era, até o lançamento de Van Helsing, a obra que mais contemplava a figura do caçador, ficou no imaginário sua figura como sendo a de um homem mais velho.
Outra famosa adaptação do romance foi filmada em 1931, por Tod Browing, diretor especialista no gênero do terror. Sua versão de Drácula teve Bela Lugosi no papel do vampiro, mitificando o ator em Hollywood. Lugosi já tinha atuado em outros sucessos de terror da época, como O Corcunda de Notre-Dame, de 1923 e O Fantasma da Ópera, de 1925. Entretando, o papel de sua vida foi realmente o vampiro criado por Stoker. Histórias contam que mesmo tempos depois do final das filmagens, era comum ver Lugosi perambulando pelos estúdios vestido com a capa negra de seu personagem. Van Helsing estava na história, claro, mas era coadjuvante. Foi interpretado por Edward Van Sloan, nome sem grande destaque.
Van Helsing já apareceu em mais de 150 filmes do gênero. Sempre foi coadjuvante ao Drácula. Mesmo na obra de Bram Stoker, não é ele quem conta a história. Sua figura, entretanto, é mais misteriosa que a do vampiro. Enquanto o Conde tem sua história contada, explicando como nasceu o ser maligno que precisa do sangue de outros seres humanos para viver, Van Helsing mantém seu passado no anonimato. Drácula rejeitou Deus e a Igreja após ter perdido o amor de sua vida. Van Helsing conhece essa trajetória, mas não a sua própria. O mito do caçador é mais obscuro que o do próprio vampiro.
Aproveitando-se disso, Stephen Sommer, diretor e roteirista de Van Helsing, tratou de adicionar suas próprias características ao personagem. Para início de conversa, transformou Helsing em um homem jovem. Conferiu, assim, maior poder de ação e sedução a ele. Adicionou também um comportamento conturbado no caçador, que se questiona sobre a validade de seus atos durante o filme. Pela primeira vez em segundo plano, Drácula, no longa-metragem de Sommers, é mais vilão do que de costume. E Van Helsing, mesmo sem ter sua origem explicada, ganha ares de herói, daqueles que terão sua saga contada, em muitos outros capítulos.
Fonte: Wikipédia e Revista Época
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